Como bons companheiros e praticamente “filhos”, os pets também representam uma parte considerável da despesa mensal de seus donos. De acordo com o levantamento da Sociedade Brasileira de Consumo e Varejo (SBVC), os tipos de produtos pet mais consumidos no país são alimentos, medicamentos e materiais de higiene e beleza.
A pesquisa constatou que 90,6% dos donos de pet compram alimentos para seus animais com frequência. Em segundo lugar na prioridade aparecem os medicamentos, comprados frequentemente por 45,6% dos entrevistados. Em seguida, vêm os produtos de higiene e beleza, citados por 40%. Brinquedos (26,6%) e acessórios (25,8%) fecham a lista.
PRODUTOS COMPRADOS COM FREQUÊNCIA, SEGUNDO A SBVC:
- Alimentos — 90%
- Medicamentos — 45,6%
- Higiene e Beleza — 40%
- Brinquedos — 26,6%
- Acessórios — 25,8%
Com relação à alimentação, os custos mensais variam de acordo com a raça e o porte do animal. Na mesma pesquisa da SBVC, realizada em 2016, 35,6% dos entrevistados disseram gastar entre R$ 50 e R$ 100 com alimentos todos os meses. Com a correção da inflação, pode-se estimar que os valores estejam entre R$ 83 e R$ 165 atualmente (2021).
Ainda segundo o mesmo levantamento, 30,6% dos donos de animais de estimação disseram gastar até R$ 50 por mês apenas com alimentação (R$ 82,96 com correção da inflação). Já despesas maiores, como aquelas superiores à R$ 250 (R$ 414,78 corrigidos), apareceram somente entre 3,6% das respostas.
Mercado pet na pandemia
Durante a fase mais crítica do coronavírus, os bichinhos de estimação foram bons aliados para enfrentar o isolamento social e, principalmente, os momentos de solidão provocados por ele. Isso fez com que o mercado pet provasse sua resiliência na crise, mantendo a estabilidade mesmo diante da queda generalizada de outros setores econômicos.
De acordo com os dados do Instituto Pet Brasil (IPB), o mercado pet faturou R$ 40,8 bilhões de reais só em 2020, no auge da crise sanitária. Para efeito de comparação, a mesma entidade divulgou que o setor registrou faturamento de R$ 35,4 bilhões em 2019 e R$ 34,4 bilhões em 2018.
Já o levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), por sua vez, mostrou que a indústria pet faturou R$ 27,2 bilhões em 2020, valores bem acima dos R$ 22,3 bilhões registrados pela entidade em 2019, antes da pandemia.
Estes resultados positivos, aliás, demonstram que o mercado pet deve seguir crescendo nos próximos anos, principalmente porque o número de animais de estimação nos lares brasileiros vem aumentando nos últimos anos. Em 2019, por exemplo, quase 48 milhões de lares brasileiros já tinham cães ou gatos, números que certamente explodiram na pandemia.
Quanto custa manter um pet no Brasil?
Animais de estimação são ótimos companheiros e fazemos tudo por eles, mas é fato que o custo para mantê-los pesa bastante no bolso. Segundo a Abinpet, as famílias que ganham até dois salários mínimos (cerca de R$ 2.090,00) chegam a comprometer quase ¼ de sua renda com os pets.
Já um levantamento feito pelo IPB aponta que o gasto mensal médio com um cachorro no Brasil é de R$ 338,76, mas pode variar dependendo do porte do animal. No caso de gatos, o custo é de R$ 196,56 mensais. Aves como canário e periquito, outra categoria bastante popular no Brasil, fecham a lista podendo gerar custo de R$ 7,80 por animal/mês.
Neste caso, a dica é a mesma para o tutor de animais de estimação e para o dono de pet shop: compare bastante os preços dos produtos pet em várias lojas e distribuidoras antes de comprar e ficar atento às promoções ou condições especiais de pagamento oferecidas por elas ao longo do ano. Afinal, os pets merecem sempre o melhor!
*Conteúdo atualizado em setembro de 2021.
