No mercado de animais de estimação, “Pet Vet” é o segmento que compreende indústrias e integrantes da cadeia de distribuição de medicamentos veterinários. Sua produção segue uma série de rígidos processos, para os quais exige-se um conjunto de documentos, relatórios técnicos e comprovação de eficácia, qualidade e segurança. A fiscalização da produção e comercialização destes produtos no país é responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A cada ano, este setor vem crescendo em faturamento, resultado que pode ser relacionado ao aumento da importância dos pets na família brasileira – quanto mais importante, mais preocupação com a saúde. Segundo projeção da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) divulgada no início de 2017, o “Pet Vet” deve responder por 7,8% do faturamento total do mercado pet no ano passado, o que equivale a mais ou menos R$ 1 bilhão e meio. Os números finais ainda não foram divulgados.
Por outro lado, é importante frisar que os atendimentos veterinários não são contabilizados como “Pet Vet”, mas como “Pet Serv”, que abrange comércio e serviços. Aliás, uma resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) de janeiro de 2015 estabeleceu que estes atendimentos não podem ser prestados em petshops, que devem se restringir a vender produtos pet. Exames e aplicações de vacinas devem ser realizadas nos consultórios, enquanto cirurgias devem ser feitas apenas em clínicas especializadas. Em todos os casos, é obrigatória a supervisão de um médico veterinário.
Outra informação relevante é que, apesar do interesse cada vez maior em saúde animal, os brasileiros ainda levam seus pets muito pouco ao médico. Uma pesquisa encomendada pela Mars Petcare (fabricante das rações Pedigree, Whiskas e Royal Canin) ao Ibope revelou que os tutores de cães os levam com mais frequência ao veterinário do que os donos de gatos: 2,8 vezes por ano contra 2,3. Os principais motivos são consulta de rotina e vacinação (79% cães vs. 76% gatos) e o aparecimento de doença (26% cães vs. 19% gatos).